#12 – Longão da Graminha

Depois de meses sem treinos longos, voltei em um longão com uma galera querendo realmente fazer força. Nesse longão teríamos duas metas de montanha, como também tivemos no 10 – Três vezes Vassouras x Mendes.

O ponto de encontro foi no lugar de sempre, Posto Santa Amália de frente para BR393. Saímos em direção a Mendes com 9 guerreiros no grupo, tudo foi relativamente tranquilo até chegarmos na primeira subida do Chafre, saída de Mendes. Os buracos e erosões nesse trecho do asfalto não intimidou a turma. Essa subida não era uma meta de montanha, o que não fez diferença para galera que já começou fazendo força ali. Foi nesse momento que percebi o quanto estava fora de ritmo, com a frequência chegando a 190 bpm, mas nessa primeira subida avistei um potencial alvo, Enéas. Ele vinha no fim do pelotão onde eu e ele fazíamos força pra se manter vivo e conectado, mas essa subida não valia pontos para meta de montanha, então resolvi economizar.

Chegando em Paulo de Frontin, a subida para Graminha já começa bem dura desde o início com 8% de inclinação nos 200m iniciais. Ao longo dos 5,5km da subida essa inclinação muda para trechos mais e menos inclinados, fazendo com que o segmento fique com uma média de 4,6% de inclinação, classificada como subida de categoria 3.

Nesses primeiros 200m Xaropinho que começou o segmento por último atacou e encostou no Ruan, que estava na frente do pelote nesse início de subida. Como ele entrou por último no segmento e para meta de montanha o que conta é quem faz o menor tempo e não quem chega primeiro, ele começou muito bem. Nesses primeiros metros comecei a ver o pelotão se afastando, junto o Enéas.

Não passou 500m de subida e Xaropinho fura o pneu dianteiro logo depois da potente investida contra o Ruan na frente do pelotão. Ele parou no canto da pista e todo mundo seguiu na briga dentro do segmento, passei por ele pensando em seguir firme, até que olhei o pelotão ganhando distância, inclusive o Enéas, então pensei rápido que é sempre bom ajudar os parceiros de treino. Dei meia volta e parei do lado do Xarope, para sorte minha e dele, eu tinha uma boa desculpa para abortar o segmento e ele tinha uma bomba de ar, no caso a minha, pois ele esqueceu a dele.

Quem acabou levando a primeira meta de montanha foi o Victor e abaixo segue visão do Ruan dessa primeira meta de montanha:

Mais abaixo visão do Victor sobre a primeia meta de montanha:

Depois de uma parada para repor água e glicose em Sacra Família, o grupo voltou para Paulo de Frontin. O pelotão decidiu que subiria pela Serra de Dentro até o posto no topo da serra, um pouco mais longa e rolada que a Serra de Fora.

Nessa segunda meta de montanha mudei a estratégia, decidi começar a subida forte e na frente, certo de que pelo menos o Enéas não conseguisse acompanhar o ritmo. Então ainda no primeiro quilômetro, para ser mais exato nos primeiros metros, todos já haviam me passado, menos o Enéas. Normalmente não olho para atrás, mas resolvi ensaiar o movimento e percebi que nem precisei completar o movimento com a cabeça, ele já estava do meu lado.

Então tentei não demonstrar o tanto de força que estava fazendo para me manter ali na briga, no caso briga pela penúltima posição, mas foi inútil. Metro a metro Enéas foi avançando até que perdi contato com ele entre as curvas da serra.

Nessa segunda meta de montanha quem levou foi o Xaropinho, abaixo visão do Ruan sobre a segunda meta de montanha:

Mais abaixo visão do Victor sobre a segunda meta de montanha:

No topo da serra o grupo tirou a foto abaixo, com exceção do Monteiro que já tinha seguido para casa em função do horário.

Somando a pontuação das duas metas de montanha o Victor Telles foi o Rei da Montanha desse longão. As posições foram verificadas através dos segmentos do Strava, abaixo segue a tabela com o resultado final do desafio.

A pontuação utilizada para as duas metas de montanha, tendo em vista que ambas são da mesma categoria e possuem níveis de dificuldade e inclinção semelhantes foi essa abaixo.