#8 – Serra da Beleza

Por volta das seis da manhã, a galera de Vassouras começou a se reunir no posto Santa Amália ao lado da BR393. O desafio dessa vez seria encarar uma das serras mais duras da região, a Serra da Beleza.

Tão bela quanto dura, a missão não seria fácil, mas dessa vez nem tanto pela inclinação, pois a meta seria atacar a serra pelo lado que tem a inclinação mais suave. O problema seria os 150km para quem saiu de Vassouras, sendo boa parte desses quilômetros subindo.

Saímos de Vassouras em um pelotão compacto com oito guerreiros, passando por Barra do Piraí, mais sete parceiros se juntaram ao grupo. Logo depois que deixamos Barra e começamos a subir sentido Valença, o pelotão recebeu um ataque inesperado do Waldir, praticamente com o dobro da média de idade do pelotão, abriu cerca de 100 metros e resolveu voltar para Vassouras, logo depois do ataque. A situação foi engraçada, mas já estava planejado voltar, junto com o Ganhadeiro e Teixeira que foram com a proposta de um treino mais curto.

Nas proximidades de Valença, mais sete guerreiros se juntaram ao grupo. Nesse momento, com cerca de vinte ciclistas, o pelotão seguiu tranquilo até o pé da serra em Conservatória. Ali o grupo resolveu parar em uma padaria, o que acabou quebrando em pequenos grupos na subida da Serra da Beleza.

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Na resenha do último pedal falaram que o Zé Guilherme (Vassouras) chegou inteiro e sobrando no topo da serra, mas com o Anderson Vasconcellos e Junio (Valença) no mesmo ritmo. Nesse oitavo longão do grupo, o plano era implantar a meta de montanha no lado oposto da Serra. Mas para isso teríamos que descer sentido Sta Isabel e voltar, o que nos faríamos perder muito tempo.

Então decidimos descer a Serra de volta, ainda no início da descida vi um gordinho saindo de um boteco bem próximo do topo da serra. Então resolvi passa-lo logo antes que pudesse vir algum carro descendo também. No que eu olho para trás, vi que o gordinho conseguiu pegar meu vácuo e vinha fazendo de tudo para se manter ali. Não demorou muito tempo ele me passou, não achando aquilo positivo pra minha moral revidei e passei por ele novamente.

Nisso fui me aproximando do Chiquinho e Edson que estavam alguns metros na minha frente, foi quando o gordinho me passou novamente e por eles dois também, que nem uma bala. Então virei para o Chiquinho e disse: “- Vamos deixar barato assim pro gordinho?” e o Chiquinho respondeu “- É o Demian.” O cara simplesmente era uma lenda na região no final da década de 90 e início dos anos 2000.

Como não descemos e subimos o lado oposto da serra, conversei com algumas pessoas, principalmente com o Anderson CL e Chicão de Valença e eles sugeriram fazermos a meta de montanha na Serra de São José. Com quase 3km de extensão e 5% de inclinação, seria um bom teste para brincadeira se tivesse tido tempo para organizar, mas acabou que a maior parte do pessoal já havia passado por ela. Acabou que a brincadeira ficou entre o Anderson CL, Chicão de Valença, Xaropinho e Gzuss. Com poucos oponentes, meio desorganizado mas não tirando o mérito, o Anderson levou a brincadeira com certa folga, no final da subida fez um ataque que eu e Felipe assistimos de camarote no topo da serra.

No próximo treino da galera vamos colocar novamente a meta de montanha, só que dessa vez controlada pelo segmento no Strava, o que facilita pelo fato de não precisar reagrupar e organizar o pelotão no pé da serra. Mas a brincadeira valeu um kit de parafusos de titânio que o Anderson levou dali mesmo pra casa.

Com sete horas e quarenta minutos o longão finalizou com quase 160km. O Ganhadeiro chegou em casa e ainda voltou de carro para dar um suporte pra galera com água gelada, com o sol rasgando caiu muito bem. Próximo treino do grupo vai ser o Reconhecimento do dia 1 do Bike Tour 2020, com direito a meta de montanha novamente. O Recon será no dia 23/Fev, domingo de Carnaval.