#9 – Longão de Carnaval

O dia amanheceu nublado e até pareceu que iria chover. Cheguei no posto e o Xaropinho já havia chegado de Barra do Piraí. Logo em seguida o Victor chegou. O plano no dia anterior era fazer um longão rápido e sem muita força.

Mas a cara de poucos amigos dos parceiros na foto acima já denunciava o clima pouco amistoso. Logo depois dessa foto pegamos a estrada, trocamos algumas poucas palavras e eu percebi que a parte do “sem muita força” estava fora de cogitação. Percebendo isso, resolvi tomar a dianteira do compacto pelotão e fazer força, aproveitar o momento de glória enquanto tinha condições de fazer isso.

Assim foi até o km 8 mais ou menos, quando o Victor gritou de trás para revezarmos. Decidimos que o revezamento seria a cada 1 km. Imprimindo um ritmo forte, conseguimos manter uma média de 40 km/h no plano e 30 km/h nas subidas leves, essa pressão foi até o km 35, quando o motor começou a dar os primeiros sinais de fraqueza. O Victor percebeu a rateada do motor e pediu para eu seguir na roda dele e do Xaropinho. Prontamente atendi o pedido.

Eles seguiram fazendo força e eu me mantive na roda do jeito que pude, sem perdermos muito tempo com isso. Fizemos Vassouras x Paraíba do Sul com a impressionante média de 36,6 km/h e isso nos deu o quarto tempo entre as duas cidades no segmento do Strava com seus 53 km. Chegando lá paramos no posto, eu e Xaropinho comemos um joelho, eu precisava de energia para a volta.

Na volta pegamos um vento contra e foi uma batalha me manter na roda deles, mas que até vinha conseguindo bem até chegar na parte bem plana antes de Massambará, onde as rajadas de vento ficaram mais forte e perder um palmo da roda já fazia diferença. Faltando cerca de 15 km minha roda da frente furou a câmera, normalmente acharia ruim, mas do jeito que tava achei bom.

Mesmo com o vento contra, pneu furado na volta, ainda terminamos com 31,2 km/h de média os 100km do longão. Para um longão que tinha como meta só girar, foi um puta giro!