Sai de casa pensando estar indo para um treino, mas tudo ficou muito claro quando cheguei as 7:15 da manhã de um sábado nublado, no posto central da cidade. Bem em frente a loja de conveniência já estavam Zé e Victor, rodando em círculos em suas respectivas bikes. Fui me aproximando do que parecia ser um globo da morte, só que no plano, quando eles pararam e alinharam do meu lado.
Percebi o clima tenso no ar, bem diferente da foto acima, tirada no dia seguinte, o clima parecia pesado, o Bike Tour parecia que iria começar em alguns minutos. Eles pararam bem do meu lado e o Zé me perguntou: “-Qual vai ser o ritmo?”. Antes de terminar a pergunta eu já respondi que era para forçar tudo que podia, a ideia não era mais um reconhecimento.
Largamos forte, não tinha mais dúvidas que não seria um treino, aquilo já era a corrida, sem conversas, cabeça baixa e fazendo força já nos primeiros metros. Apenas dois minutos depois que largamos, minha frequência já estava com 170 batimentos por minuto e assim foi durante as próximas três horas.
Saindo da cidade, na primeira subida ingrime, por volta do quilômetro cinco, percebi que quebraria se mantivesse aquele ritmo, naquele momento com um pico de 189 batimentos por minuto. Ainda tínhamos três horas de pedal forte pela frente, achei melhor sair da roda dos dois e baixar um pouco a frequência para os confortáveis 170 bpm.
Ainda acompanhei os dois de longe nas retas até o quilômetro dez, na expectativa do Victor também quebrar e então capturá-lo. Fiquei intrigado como ele conseguiu acompanhar o ritmo do Zé, com um volume bem menor de treino. Depois de 3 horas e 15 minutos fazendo força, baixei 20 minutos do meu tempo anterior, mas impressionante ainda foi o tempo deles dois, que terminaram juntos com 2 horas e 55 minutos.
No dia seguinte, um domingo de páscoa que estava vendendo sol, havíamos combinado de fazer o percurso do dia dois do Bike Tour, a velha e boa Serra do Mar. Nesse dia se juntaram a nós o Henry, Teixeira e Adalberto. Rodamos com menos pressão, apenas em algumas descidas apertamos um pouco e depois na descida da linha até a cidade, dessa vez todo mundo junto na maior parte do percurso.
Em uma das descidas antes de chegar na Serra do Mar um vergalhão entrou entre os raios da minha roda traseira e o quadro, quase fazendo um estrago no carbono e potencialmente em mim, mas por sorte consegui frear assim que percebi a roda traseira travando em um descida. O pedal acabou com o Victor revelando o segredo pra andar bem sem treinar muito, yoga e alongamento.
Participantes do longão | Cidade | KMs |
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Danilo Gasiglia | Vassouras | 120 |
José Guilherme | Vassouras | 120 |
Victor Telles | Vassouras | 120 |
Adalberto Silva | Vassouras | 45 |
Henry | Vassouras | 45 |
Teixeira | Vassouras | 45 |